quinta-feira, 12 de abril de 2012

Liberar...Deixar ir...Perdoar....!

Reflexão sobre a Parábola do servo perdoado. Mateus 18.23-35
Disse-lhes JESUS.
23Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
É exatamente isto que vai acontecer com todas as pessoas pois DEUS é SENHOR “dono” de todas as pessoas (Salmo 24.1) e não só dos “crentes”.
24E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
Apenas um talento equivalia a 6.000 denários, um denário era a média da diaria de um trabalhador comum. 6.000 denários equivaleriam a 16 anos do trabalho de alguém. 10.000 talentos somariam no dias atuais com base em um salário diario na média de 22 reais, aproximadamente 1,800 bilhão reais, soma inimaginável para um assalariado se conquistar. Era impossível pagar tal dívida.
25E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Em uma democracia isso é algo estranho a nosso entendimento, porém em um Reino as pessoas estão habilitadas a compreender que tudo pertence ao Rei ou Reino, incluindo a família, e elas apenas usufluem, podendo o Rei lhes tirar este privilégio no momento que quiser, ainda mais, por uma dívida acumulada com o Reino.
26Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
27Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
O servo em um ato desesperado de irreflexão, até se propõe a pagar a dívida. Ponderemos: De onde vem as penitências, auto-sacrificios, filantropias e até mesmo serviços de caridade e devoção religiosa, na sua maioria, com algumas exceções, senão do desejo de dizer para o Rei. –Veja! Eu estou fazendo tudo para pagar, para merecer e quitar a dívida que tenho contigo. “sê paciente para comigo, e tudo te pagarei.” Os que tal praticam, incorrem no erro da insensibilidade que é apresentada em 1ª Coríntios 12.3. Era inútil ter boa vontade ou até mesmo passar uma vida inteira tentando pagar essa dívida. O SENHOR vendo o quanto este servo era miserável e incapaz, porém lhe rogava misericórdia e perdão como último recurso de vida, moveu-se de íntima compaixão. O SENHOR JESUS nutria este sentimento em diversas ocasiões. (Mt 14.14/20.34/Lc 7.13/ parábolas Lc 10.33/15.20. Lhe perdoou a dívida... Esta ação só pode partir do SENHOR, só Ele pode perdoar a dívida e já escolheu uma maneira de faze-lo. 

1 Timóteo 2:5-6 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
Mateus 20:28 Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

28Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
30Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Uma dívida ínfima que poderia fácilmente ser quitada com três meses de trabalho, porém o servo não teve paciência alguma e levou até as últimas consequências. Nem parece o servo que acabara de receber o maior perdão e salvação de sua vida, este estava cheio de indgnação e furor. É assim que muitos agem diante de um convite tão gracioso e amoroso. Não sabem administrar o constrangimento (2ª Co 5.14) de ter que reconhecer que todo esforço, fórmulas e concepções próprias estavam erradas no que tange ao modo de salvação e perdão que DEUS oferece. O pior é que aindam encerram outros em prisões do seu próprio égo ferido, os impedindo de contemplar o favor e graça Real, (já que deveriam testemunhar do ato de bondade do Rei) impondo dogmas e sofismas que eles mesmos sabem que não funcionam e tampouco podem trazer salvação e remissão de pecados.

31Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Este entristecimento é justamente o que acontece nos nossos dias em muitos corações por verem muitas atitudes com esta deste servo, isto mexe com a comunidade cristã e até mesmo com a sociedade em geral, que espera ver naqueles que foram perdoados pelo Rei, justamente um modo digno de vida, com gratidão, serviço e testemunho da salvação do SENHOR em suas vidas. Porém a parábola continua, nos informando que esta queixa e tristeza dos conservos chegaram ao conhecimento do SENHOR. Fica o alerta de que não haverá impunidade quanto as tristezas provocadas aos pequeninos por atitudes implacáveis e sem misericórdia. Tg 2.13
32Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Pense que em algum momento, seremos chamados à presença deste Rei e SENHOR. 1ªCr 16.30-31 Mt 25.32
33Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
34E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Como um filho que conhece o que aborrece ao pai, as vezes só pelo olhar, assim devemos conhecer o que deixa nosso SENHOR e PAI indgnado. Mt 22.7-10/Mc 3.5/10.14/Lc 14.21/Hb 3.10,17
35Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Este ato condicional, não exercido, tem sido a causa de muitos males, até mesmo patológicos, entre muitos cristãos e pessoas que querem se achegar a Deus. Elas ficam com suas vidas retidas por não exercerem esta atitude, ignorando a condicionalidade, “eu perdôo, sou perdoado, não perdôo, não sou perdoado” e a mão de DEUS pesa sobre mim e eu fico preso, assim como alguém está preso a mim. Perdoar é deixar ir, liberar, abandonar, desistir, e fazemos isto porque um SENHOR Justo e com todo o direito de nos punir, prender e até atormentar, por causa do nosso ato de rebeldia, repúdio e ingratidão a Ele, resolveu nos liberar, absolver, pagar nossa dívida, abandonar completamente nossa falta a ponto de lançar nossos pecados no mar do esquecimento com a garantia de que jamais fará menção deles.


Que possamos nos manter, pelo ESPÍRITO SANTO, sempre em solene gratidão e lembrança ao maior ato de amor e misericórdia, que foi Deus enviando seu Filho para morrer por nosso perdão na estaca de execução que era de maldição, tornando-se na maior benção de nossa vidas, e façamos assim com nosso irmão e semelhante, pois nossa dívida era impagável ao nível do impossível. Glória pois ao Rei JESUS e ao SENHOR DEUS. 

Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.
Mateus 19.26b



Quer orar comigo? 

SENHOR DEUS, dono de tudo. Confesso que sou devedor, pois pequei e falhei me desviando do Seu propósito, acumulando dívida eterna, a qual não tenho condição de lhe pagar. Temo perder minha vida e eternidade e tudo que me confiaste. Sei que mereço a condenação e que de mim mesmo nada posso fazer para ser salvo. Porém ponho minha confiança em sua íntima compaixão e misericórdia e no pagamento do resgate que estabeleceu somente em Seu Filho Únigênito, JESUS CRISTO. Eu O confesso como meu Salvador e SENHOR. Me aceite em Seu Reino na liberdade de um filho Seu. Também me comprometo a anunciar o Seu perdão imerecido todos os dias da minha vida, exercendo-o na minha vida com relação a meus irmãos e semelhantes que vierem de alguma maneira a pecar contra mim e me dever alguma coisa. Quero fazer isso na força do Teu ESPÍRITO SANTO que creio, morará em meu coração. Amém, obrigado meu REI e SENHOR.

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